10 Regras de ouro da Pesquisa Genealógica
Você sabe quais são as 10 regras de ouro da pesquisa genealógica?
No final de 2020, participei da Semana de Genealogia promovida pelo Museu da Imigração do Estado de São Paulo e a Juliana Schuery do Colégio Brasileiro de Genealogia fez uma ótima apresentação.
A Juliana trouxe essas 10 regras de ouro da pesquisa genealógica e gostei muito do modo em qual ela organizou essas ótimas dicas, então achei que vocês também precisavam saber disso!
Então vamos às 10 regras de ouro da pesquisa genealógica:
01 Junte os documentos (começando pelos do Brasil) e as fotos
Sempre falo para meus clientes que a pesquisa de antepassados italianos começa no Brasil e que não faz sentido pesquisar na Itália enquanto não tivermos todos os registros brasileiros (ou pelo menos os mais importantes) localizados.
O objetivo inicial é localizar os nascimentos, casamentos e óbitos. Comece com os seus próprios documentos, siga com o dos seus pais, avós e assim por diante.
Nessa viagem ao passado, é muito prazeroso buscar seus antepassados nas fotos antigas. Você pode encontrar fotos da sua avó quando jovem ou daquele bisavô que você nunca chegou a conhecer, por exemplo.
02 Escreva o que você já sabe (primeiro rascunho da árvore)
Com base nos documentos localizados e com a ajuda dos seus pais e avós, rascunhe a primeira versão da sua árvore genealógica.
Nesse momento não se preocupe com o formato, para o rascunho basta um pedaço de papel e uma caneta. Coloque seu nome, o nome dos seus pais, avós paternos e maternos, bisavós maternos e paternos e assim por diante.
03 Situe a história contada no tempo e espaço (linha do tempo + contexto)
Complete o rascunho da sua árvore incluindo os locais e datas dos eventos. Uma boa estratégia para localizar um evento é estabelecer o arco temporal onde ele deve ter acontecido.
Por exemplo: você já localizou o óbito do seu bisavô e o nascimento da sua avó. Se sua avó e a primogênita existe uma grande chance do casamento ter ocorrido de alguns meses a 3 anos antes do nascimento. Mas sempre procure o registro num intervalo de tempo maior, é sempre possível que seu bisavô só tenha casado depois dos nascimentos dos filhos.
É provável também que o local de casamento do seu bisavô seja o mesmo de nascimento da sua avó ou em algum lugar próximo. Fazer uma linha do tempo pra sua pesquisa, identificando onde estava a família a cada acontecimento, ajuda bastante da localização de outros registros.
04 Escolha um ramo para começar e trace um plano
Faça um ramo da árvore por vez, se seu objetivo é o reconhecimento da cidadania comece pelo ramo da sua linha de transmissão.
Se bloquear em algum momento, uma linha colateral pode trazer novas informações. Por exemplo: seu bisavô é o italiano e você já localizou os registros do seu avô mas não tem nenhuma informação relevante neles que possibilite que você encontre mais informações sobre seu bisavô. Pesquise também pelos registros dos irmãos dos seu avô, mesmo que eles não sejam utilizados diretamente no processo, eles podem trazer alguma novidade que te possibilite resolver sua pesquisa.
05 Entreviste parentes, começando pelos mais velhos (agora via Zoom)
Entreviste seus avós, seus tios-avós, seus pais, seu tios – todos que puderem te dar alguma informação sobre os seus antepassados.
Não menospreze os relatos dele mas também não considere tudo verdade absoluta, histórias de família podem ser alteradas ao longo do tempo, use os relatos como pistas importantes e confirme tudo através dos registros.
06 Entre em contato com pessoas que você não conhece
Fale com aquele tio-avô que você não tem contato ou ainda entre em contato com as pessoas que lançaram informações sobre seu antepassado numa árvore genealógica de uma plataforma online. Todas essas plataformas possuem ferramentas de mensagem. A pessoa que incluiu ali uma determinada informação pode ser um parente com o qual você não tem contato ou nem sabia da existência mas que já avançou mais do que você.
07 Escolha um site para armazenar dados, fotos e documentos e faça backup
As plataformas digitais são várias: FamilySearch, My Heritage, Ancestry, etc. Todas elas ou são grátis ou têm versões grátis para você montar sua árvore.
Salve ali ou em um lugar seguro no seu computador todos os registros que você encontrar de uma forma organizada. Isso facilitará muito sua pesquisa.
08 Compartilhe seu trabalho
Compartilhe seu trabalho com seus familiares ou ainda numa plataforma aberta como o FamilySearch, sua pesquisa pode ajudar outras pessoas!
09 Anote tudo, principalmente as fontes, faça um diário de bordo
O maior erro dos principiantes é “sair pesquisando” sem organização, encontrar informações, não anotar a fonte e depois não se lembrar de onde veio aquela informação e ter que começar tudo de novo.
Anote todas as fontes e salve os links, nas plataformas existem espaços específicos para as Fontes, use-os com sabedoria.
10 Nunca perca a esperança, tenha perseverança, paciência e paixão
Essa talvez seja a dica mais importante de todas. Pesquisa genealógica é trabalhosa, demanda tempo e perseverança. Mas não se preocupe, basta ter paciência! Tenho certeza que a cada nova descoberta você vai se apaixonar cada vez mais.
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